Só deixo meu coração na mão de quem pode
Fazer da minha alma suporte para uma vida insinuante
Insinuante anti tudo que não possa ser
Tanto no céu que no inferno
Inspiração de Mutação
Da vagabunda intensão
De se jogar na dança absoluta da matança do que é tédio, conformismo, aceitação
Só deixo minha alma na mão de quem pode
Absorver um tanto do céu, um tanto do inferno
Pro diabo que me carregue! e que carregue o diabo junto conosco também.
Pois hoje eu possuo o antídoto pro teu veneno
Ligar os fios imaginários das órbitas sem fim, cardeais ou não.
Segurar minha mão junto com os cardíacos mais efêmeros, comendo minha inconstância e lambendo os dedos. Salivando a cada novo ou velho encontro, me encontrando em cada solidão sua, sem a lama anti-erótica do ciúme.
Absorver a vagabunda intenção da pretensão de me engolir junto com sua saliva.
prove meu suor, derrape-me em curvas, encaixe- se em mim.
seja minha esfinge do amor e eu te decifro enquanto você me devora.
Fazer da minha vida um suporte insinuante
Anti tudo que possa ser bossa velha, conformismo, aceitação
Porque isso é matança tanto no céu quanto no inferno
Me faça veneno anti-monotonia na mutação indigesta da direção contraria de sempre.
Delírio