terça-feira, 11 de novembro de 2008

Falsa Modéstia

Quando digo que o instrumento que mais me atrai é o baixo
é porque o som grave dele é o que se propaga as mais altas distâncias.

Quando digo que curto algo é justamente porque
quero passar um longo tempo a desfrutar

Quando digo que quero ser vilão
é pra garantir ser notado
Porque o herói faz,
se vai
e aí se foi.


Bzh.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

CAFÉ PURO E FORTE

Negro como a escuridão, forte ou fraco, revigorante ou promessa de sono profundo, alguns o misturam com o que gostam, outros, o tomam puro sem açúcar, a quem goste bem doce. Não importa como ele seja feito, na cafeteira elétrica ou no velho coador de pano, o que importa é o que o café nos traz, seja de dia ou de noite, no frio das montanhas ou no escaldar calor de Teresina.
Companheiro das horas altas, quem nunca passou noites à base dele? Uns o tomam tanto que apagam. Seja com música, cigarro ou com aquele pão que acabou de sair do forno da padaria. Na cozinha feito na hora, ou no centro da cidade, quente como o inferno para uns, gelado no outro lado do mundo.
Seu vapor reconfortante, acariciando nossa face quando vamos tomar o primeiro gole, sensação única. Conhecida apenas por quem sabe seu valor, sempre será um convite. O velho mestre Ariano que me perdoe, mas o café é indispensável, recusá-lo, logo ele, sempre tão esperto e altivo em sua nobre sabedoria (não penso com ele e ainda estou certo), quero o meu com pouco açúcar, bem quente passado quase agora, uma boa música (escuto The Beatles no momento, mas serve o que você gostar...), quem sabe um cigarro, ou uma boa conversa?


THE E.D.E.

domingo, 21 de setembro de 2008

Os seus olhos

Os seus olhos, lindos como a muito não refletiam,
Você demonstra todo o seu ser,
Com um único olhar, capaz de expor tudo,
Suas alegrias, sua fúria, sua frustração,
A beleza de e a poesia contidas no olhar de uma mulher,
É algo que nunca será decifrado, muitos tentam,
Não existem palavras ou melodias,
Capazes de descrever essa beleza
Beleza sem igual, única,
Perco-me no infinito de seu olhar, de bom grado,
Sem nem pestanejar, nem por um momento...

THE E.D.E.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Como conseguir uma gravação perfeita

Ingredientes:

1 trapaçeiro;

Vários desavisados;

Um punhado de picaretas;

3 câmeras;

2 doses de cara-de-pau;

1 dose de aparente subserviência

1 tapinha nas costa;

1 celular com grande poder de gravação de vídeo.

Modo de preparo:

Preparo do trapaceiro: deixe uma câmera com ele. Reserve.

Coloque o trapaceiro com a câmera na cara dos picaretas, deixe que ele faça o seu show, reserve. Use a dose de subserviência, acrescente a dose de cara-de-pau ao trapaceiro, use os desavisados, coloque as duas câmeras restantes em locais estratégicos e onde os picaretas não possam ver, coloque o celular a 180° do principal picareta, quando o principal picareta entrar comece a gravar com o celular e as duas câmeras escondidas. Após gravar tudo, espere o fim da reunião, deixe o trapaceiro receber a tapinha nas costas e usar a outra dose de cara-de-pau. Saiam do prédio, guardem as fitas e as câmeras.

Para que a receita seja bem sucedida, entre na sala antes dos picaretas.

TEH E.D.E.

sábado, 30 de agosto de 2008

Par Perfeito:

declarações inesperadas.
romantismo inapropriado.
namoro despretensioso.
casamento imediato.

Assim, bem simples.

Delírio

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Peleja Fumegante

No sucumbir dessa peleja
Quem não aguentar, aleija
Quem não segurar, subeija
E quem agarrar, se beija

Desmantelo delegado
O furdunço alojado
E quem for o calejado
Bote logo um cajado

Encangado, esfoleante,
Entupido de cidreira
Quem for belotar, não queira
Flor nenhuma da mangueira.

Bzh

CG, 07/08/2008.

domingo, 27 de julho de 2008

viver o amor...

Se achar que vai perder a fé em si mesmo, ame. Deseja um conselho para a vida, ame. Ame a si mesmo, ame a quem te quer, ame profundamente, ou mesmo que seja o amor da sua vida de uma noite apenas, mas ame...

Nunca deixe que te impeçam de fazer algo, ou será como lhe matar, ferir seu âmago, lute para realizar tudo o que tu desejas, ou de que valerá ser você, se não pode fazer o que quer?

Deseja tudo e a todos como se fosse a ultima noite, seja sempre forte, indestrutível, e ao mesmo tempo com a fragilidade do cristal mais fino e delicado, capaz de quebrar ao menor toque...

Viva a arte da vida, pois ela não tem repetição, é um espetáculo único, feito do mais puro improviso... O que seria da vida sem o improviso?

Viva, ame, chore, sorria, se desespere, seja intensa, seja frágil, assuma cada faceta que a vida lhe impor, seja única e ao mesmo tempo mais uma, mas viva sempre, sem se arrepender do passado, sem saber do futuro, vivendo o presente,passado e futuro em uma única coisa...


THE E.D.E.

terça-feira, 17 de junho de 2008

O que quer que queira, Falta.

Só deixo meu coração na mão de quem pode
Fazer da minha alma suporte para uma vida insinuante
Insinuante anti tudo que não possa ser
Tanto no céu que no inferno
Inspiração de Mutação
Da vagabunda intensão
De se jogar na dança absoluta da matança do que é tédio, conformismo, aceitação

Suportar?
Só deixo minha alma na mão de quem pode
Absorver um tanto do céu, um tanto do inferno
Pro diabo que me carregue! e que carregue o diabo junto conosco também.

Pois hoje eu possuo o antídoto pro teu veneno

Só deixo meu coração na mão de quem pode
Ligar os fios imaginários das órbitas sem fim, cardeais ou não.
Segurar minha mão junto com os cardíacos mais efêmeros, comendo minha inconstância e lambendo os dedos. Salivando a cada novo ou velho encontro, me encontrando em cada solidão sua, sem a lama anti-erótica do ciúme.

Só deixo meu corpo na mão de quem pode
Absorver a vagabunda intenção da pretensão de me engolir junto com sua saliva.
prove meu suor, derrape-me em curvas, encaixe- se em mim.
seja minha esfinge do amor e eu te decifro enquanto você me devora.

Só deixo, só me deixo na mão de quem pode
Fazer da minha vida um suporte insinuante
Anti tudo que possa ser bossa velha, conformismo, aceitação
Porque isso é matança tanto no céu quanto no inferno
Me faça veneno anti-monotonia na mutação indigesta da direção contraria de sempre.


Delírio

VIVENDO

Seguir a vida, aos trancos e barrancos
Erguer a cabeça e bater a poeira
Chorar não adianta, ela não vai voltar
Ele terá que crescer, deixar de ser criança
Batalhar e vencer
Se quiser ir em frente e lutar
Viver a vida, jogar o jogo da verdade
Viver o jogo da verdade e jogar a vida
Um dia ela volta, ou quem sabe?
Pode ser ele vindo e ela indo
Por que demora-mos tanto?
Agora só resta esperar
Viver a vida, jogar o jogo da verdade
Viver o jogo da verdade e jogar a vida
Mentiu quem disse que a vida era fácil
Mas mentiu mais ainda quem disse
Que ela é só sofrimento
Um passo de cada vez
Isso não é muito difícil...


THE E.D.E

quinta-feira, 12 de junho de 2008

dia dos amantes?

Dia dos namorados, muito vejo se fazer (e falar também) sobre esse dia, e para os que não são namorados? Muito batalham por ter esse título de “namorado”, com o tempo, fui descobrindo que existe um “título” melhor (ou mais em conta) que o de namorado: o de amante. Os amantes deveriam ter um dia também, sempre pensei, eles que nem sempre podem ser vistos em público fazendo com que seus romances tenham aquela pitada desejo a mais (o que é proibido é mais gostoso segundo alguns, sabe?), o êxtase da coisa corre mais forte do que a piracema.
Outros amantes, são porque são,não viram a necessidade dessas “normas cultas” impostas pela sociedade, se dedicam a várias ou a uma única pessoa, conheço casos de amantes que se vem poucas vezes, tem seus relacionamentos, mas sempre amantes de si mesmo, só basta um chegar na cidade, ligar e o outro parar o que faz: largar trabalho, estudo, família, só pra ir ter umas poucas horas com seu (ou sua) amante, sentir por breves momentos a maciez da pele, o cheiro do corpo, seus beijos, ver pequenas situações de ciúmes (qual amante que não tem ciúme?), esperar o dia terminar e ir embora, voltando para o marasmo da vida certinha...
Mas do que aos namorados, que nestas poucas linhas não tenho a intenção de menosprezar, mas todos escrevem sobre vocês, então hoje tentem algo diferente, tente ser amantes e não apenas namorados...

THE E.D.E

Adjective-me by your side

Mequetrefe
Mecatráfico
Metonímico
Nanoquímico
Butolínico
Esporádico
Expedido
Impelido
Empalado
Pelado
Lado
a
lado

de
tu.


Bzh.

terça-feira, 3 de junho de 2008

fim das contas

o ser humano e um animal (ir) racional engraçado
finge ser forte, decido e esforçado
quando na verdade e fraco, indeciso e pertubado
mas um dia a verdade cai a tona
quando menos se espera
no abrir da lona

Mas quem se importa
você e so mais um no meio do mundo
ninguem vai te ver ao abrir a porta
você e mais um entre todos esses imundos
nao importa sua crença, cor, religião
a quem você ama ou nao
nada vai fazer isso mudar
e nao adianta chorar
ninguem escutara suas lagrimas.

você e quem guia seus passos
você e que tem forças pra se reerguer dos fracassos
nao adianta pedir ajuda ou clemencia
as outras passoas nunca terao paciencia
nao adianta se fazer de coitadinho
no fim das contas, voçe sempre estara sozinho!!

quando você estiver sozinho
aproveite cada momento
sinta a brisa tocar sua face
a alma encontrar a liberdade
o corpo entrar em inercia.


miduin

terça-feira, 27 de maio de 2008

Dicionário pra Matracas

Você mangou da minha camada de permanganato
De potássio que eu porto pra tapar as chagas
As feridas, quando amargas, sempre causam dor
Que pro glossário do pavor, são dilaceradas

Dos uivos guturais até os cantos dos primais
Da roda da fogueira, da lareira, aos neons
Dos magos e das bruxas para as Lojas dos maçons
Da Festa da Colheita aos nossos Carnavais

e o tempo se inventando, reduzindo, reciclando
Também rebobinando as bobagens ancestrais
Se encheu de biodiesel esqueceu os milharais
Milhares, antes: fome... Hoje dizem "comem mais"

E agora diga algo, diagnóstico preciso
Me diga se tu mangas uma manga prum mendigo
Ou mangas dos farrapos e dos medos do atrito
Do toque, do contato
Tato anti-televisivo.

Bzh.

domingo, 18 de maio de 2008

Umas vodcas, uns celulares, e a verdade que sai...

Estavamos nós, em meio a vodca, cervejas, verdades e etc...
Confabulando vidas e teorias,
Entre uma dose, verdade, ou metade dela,
A outra metade do outro lado da linha.

Surgindo ideias, poesias, contos, debates,
A correria da vida está do outro lado do muro,
Onde não nos cerca, onde nao nos pega, e ficamos aqui...
Mais uma dose... Claro! porque não?!

Bebo meu copo e passado flashes,
Do que deveria vir, ou de quem deveria falar,
Vejo a amiga verdade implorando por sair...

Sou reluto e não falo, não mando o sms,
Você fica na dúvida e eu também,
Se um dia vais saber, isso fica pra outro dia...

The E.D.E.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

caos

No século que estamos,há muitos questionamentos...
Do Homem que cria novos empreendimentos!

Na era virtual, quem somos?
Nas fabricas, escravos... de que?
Que ideal temos? e que seremos?

Nada!

O caos se implantou...
No planeta!
Uma planta brotou...
Na incerteza...
De ser o que?
Camada de ozônio...
Socorro!
Floresta Amazônica...
Ajude-me!
O Homem diz:não posso!

A capital é caos!

Homens racionais? nada fazemos...

Então morreremos!!!

miduin

terça-feira, 13 de maio de 2008

All my loving (part I)

Apertava as mãozinhas uma contra a outra, numa briga muito infantil. Era gostoso observá-la. Para quem ela rezava?
Acompanhei tudo muito de perto, às vezes achava até que ela percebia meus suspiros altos de admiração, ou um arrepio na nuca. Sei que sabia que eu a observava. Tudo começou quando ela se viu sozinha no mundo. E isso não demorou muito. Tinha dez anos e pouca maturidade. Tinha pai, mãe e uns irmãos também, e era só. A comida era muita. Os amigos poucos. Mas brincava como uma criança normal pra disfarçar seus gostos diferenciados. Ela queria mesmo escrever. Escrever e escrever. Sua mãe achava tudo aquilo muito... bonitinho. Uma criança poetizando cemitérios e fantasmas era realmente bonito a meu ver. Para a mãe eram só umas palavras mortas num papel. A menina morreu ali e mais um pouco acolá. Eu ainda lembro dos seus gemidos baixos, ela tinha medo de demônios, não queria acordar nenhum. Porém acordou. Não que eu seja um. mas para alguns eu sou. Alguns têm mais medo de mim do que deveriam. Eu, única certeza óbvia de qualquer ser vivente. Tenho até evitado usar capuz ou cajado, primeiras impressões são determinantes. É assim que vocês vêem tudo. Mas esta menina não, ela não tinha medo de mim. acho até que gostava de minha companhia. Por vezes, ouvi ela pedir a Deus para minha chegada ser breve e não dolorosa. Isso aconteceu muitas vezes no ano de 2000. Até ela criar uns quinze anos e tentar amar. Morreu mais um pouco. O mundo era grande demais para ela. Ou ela era muito imensa para o mundo. Sua singularidade era visível. Não, não era. Ninguém a via. Todos achavam algo sobre ela. Ela não se importava em mudar a opinião deles. Eles sempre estavam errados. Nem minha opinião importava. Eu sempre estive certa de que estava certa.
Esta noite ela estava sublime, tinha um ar de novidade na face e as lagrimas comunais nos olhos. Ela falava mais uma vez a ELE: “tenho muita dor. Você se importa? Porque eu não me importo se você se importar”.
Ela percebeu. Todos rezam á Ele. Ele sempre fica mudo. Comigo nunca foi diferente. Muitas vezes ao carregar crianças de dolência aguda (as embalo em meu seio) peço a ele qualquer tipo de piedade de minha alma. Fico horas sem conseguir sorrir. Fico até me sentindo meio mal. Aquelas alminhas tão puras...
Ócios do oficio.
Neste dia eu rezei ao seu lado, não pisquei uma só vez, a quis pra mim, prometi carregar sua alma em meu seio também, mas ela era só dor. já estava morta. Injuriada e latejante. Sentia todo o peso de sua dor preso aos fios finos de seus cabelos. A dor dela era tão grande que ela nem sentia mais os lábios falarem asneiras a Ele. A dor não a pertencia. Ela pertencia à dor. Desde então, fiquei mais obcecada por seus cachos. Mas Ele também não me dava ouvidos. Nem Ele nem a pequena.


Delírio

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Sinval, o Rei dos metais

Ele anda pela cidade,
Colhendo do mundo para outros lugares,
Desde cedo no mundo, um andarilho,
Um rei, das ruas, já sem sua coroa de castiçais,

Sua nova coroa é de couro negro,
Sempre rodando, colhendo,vendendo, andando, conduzindo os seus, os meus e o nossos metais,
As rodas de sua carruagem carregam historias, lendas e a salvação deste povo,
Sua sabedoria delirantre, corrida,

Que vai e volta sem pestanejar,
Assim como ele, que segue seu rumo
Já traçado em sua mente,

Saudado por muitos suditos,
Em meio as ruas desta cidade,
Lá se vai o rei mais em mais um dia de coleta...

THE E.D.E.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Neologistas S. A.

Tudo começou com uma foto.
Um azulejo.
Um logradouro.
Logrou nossos sonhos.
Paralelepipedou em convergências
Canalizou-se de consciências
Calçou-se de calçamento.

Do concreto dos desprovidos
Captou-se uma luz, fosforescente
Aos holofotes mostrou-se ascendente
Que até Zé da Luz reconheceria
Da raiz da efêmera boemia
De pronomes apassivadores
E índices de indeterminação dos sujeitos

Fazem questão de ser objetos
Fundamentalizados no animismo
Repletos de alma
Tal qual as fotografias guardam.

Com prazer e satisfação
Somos indivíduos
Indivisíveis
Indizíveis
Impagáveis
Na utopia paradoxal desse coletivo.

Bzh.

domingo, 27 de abril de 2008

E ele nasceu...

Nascido da união de 4 escritores com o objetivo de publicar seus contos em conjunto.
Coletivo Beco do Caga Osso.
O escolhido de Elza.